sábado, 13 de agosto de 2016

Caixões na praça em protesto por mortes de agentes da Segurança Pública. Temendo perder verba do Governo, Imprensa não aparece


Trinta e seis caixões fúnebres expostos em praça pública. Sobre cada um deles a fotografia e o nome de um agente da Segurança Pública morto entre os anos de 2015 e 2016, no Ceará.
Esta foi a forma que entidades de defesa da classe policial encontrou para protestar diante da violência que atinge seus profissionais. Um recado direto ao governo do petista Camilo Santana. Apesar disso, a Imprensa local praticamente não cobriu o fato. Temor de perder a milionária verba publicitária estatal liberada pelo Palácio da Abolição.

O protesto realizado na tarde de ontem (12) na Praça Luíza Távora, Aldeota, havia sido programado há dias pelas associações de policiais e bombeiros civis e militares do Ceará , mas, coincidentemente, acabou acontecendo na mesma data em que mais um PM foi morto nas ruas de Fortaleza; o soldado do Ronda do Quarteirão, Samuel Davi Nogueira Moraes, 29 anos. O militar acabou baleado, na presença do filho, durante um assalto, em Parangaba. Socorrido ao hospital “Frotinha” do mesmo bairro, ele não resistiu aos tiros disparados pelos bandidos.

Segundo a Polícia, o militar estava na companhia do garoto, e se dirigia em seu veículo ao terminal de Parangaba, onde iria buscar a esposa. Ao chegar na Rua Araripe Prata, foi abordado pelos assaltantes, que o obrigaram a entregar a seu carro.  E assim, o PM fez. Mesmo assim, os assaltantes decidiram matá-lo. Mais tarde, o carro foi encontrado próximo a um shopping Center no mesmo bairro.

O soldado Samuel foi o 21º servidor da Segurança Pública do Ceará assassinado neste ano e o 36º na gestão do governador Camilo Santana, iniciada em janeiro de 2015.

Veja o balanço dos assassinatos de servidores da Segurança Pública entre 2015 e 2016:

2015

- 4 policiais civis
- 11 policiais militares
TOTAL = 15 mortos

2016


- 1 policial civil
- 18 policiais militares
- 2 agentes penitenciários
TOTAL = 21 mortos

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