Em passagem por Fortaleza, o
ex-ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STF) Joaquim
Barbosa falou sobre a corrupção brasileira, nesta segunda-feira (3),
elogiando a atual fase do país. Para ele, há 25 anos, a corrupção
acontecia, mas não vinha à tona, com investigações e repercussão pública.
“Não vejo desesperança. Se olharmos a história
recente do Brasil, isso uns 50 anos, percebemos que estamos em um caminho de
evolução. Há 25 ou 30 anos, nada do que vemos sequer estaria à tona. O Estado
não estaria emparelhado para resolver essas questões”, avaliou.
Mais especificamente sobre a operação Lava Jato,
que envolve denúncias de corrupção na Petrobras, o ex-ministro enfatizou que é
um expectador do caso. Segundo ele, não há mais nenhum tipo de ligação com o
STF.
Poder Judiciário
Sobre a evolução que o país passa, Joaquim Barbosa
pontuou que se deve, em grande parte, à autonomia do poder Judiciário. Além
disso, ele salientou que é necessário existir entidades que tenham autonomia em
relação ao jogo político.
“O Poder Judiciário do Brasil é um dos mais
autônomos no mundo. Tem garantias e independência que inexistem em outras
democracias”. Como exemplo, ele citou um encontro com ministros da Suprema
Corte que participou na Holanda. Lá, muitos se admiraram da garantia de
elaborar um orçamento interno, que é enviado ao Legislativo.
Ética
Joaquim Barbosa veio a Fortaleza para a abertura da
35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor. “É possível ser ético em um
ambiente sem ética?” Com essa pergunta, o ex-ministro falou sobre a necessidade
da existência de ética nas esferas pública e privada.
Ele ainda ressaltou países que conseguiram inibir
atos de corrupção em entidades e empresas. Além disso, pontuou que é necessário
o esclarecimento sobre cidadania e direitos, principalmente os políticos, para
uma melhor sociedade.
Fonte:Tribuna do Ceará
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