sexta-feira, 3 de junho de 2016

Investigação em segredo de Justiça protege Cid Gomes na fraude milionária no Banco do Nordeste



O golpe aplicado por uma quadrilha nos cofres do Banco do Nordeste, no Ceará, e que pode atingir a cifra de R$ 1,5 trilhão, está sendo apurado em segredo de Justiça. Os Ministérios Públicos Estadual e Federal vêm enfrentando sérias dificuldades para recuperar o dinheiro desviado e denunciar os envolvidos. A trama foi praticada na gestão do presidente Roberto Smith à frente do Banco do Nordeste e entre os beneficiários estaria o ex-governador Cid Gomes.

No entanto, o nome do ex-governador e dos demais implicados estão sendo “protegidos” pelo segredo de Justiça. A dificuldade encontrada pelo Ministério Público diz respeito a um conflito de competência e a recursos judiciais que vêm sendo impetrados, seguidamente, pelos servidores do banco que estão sob investigados.

Cid Gomes seria um dos beneficiários de um dos empréstimos milionários concedidos através de procedimentos que contrariaram as normativas do Banco do Nordeste. Ainda assim, as operações de crédito foram aprovadas pelos servidores que atuavam na Diretoria Financeira e de Mercado de Capitais. Segundo o Ministério Publico Federal (MPF), comprovadamente as empresas tomadoras do crédito não tinham lastro financeiro para o pagamento da dívida.

Crimes

De acordo com o procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, os prejuízos causados aos cofres do Banco do Nordeste já alcançaram o montante de R$ 683 milhões, mas devem chegar a R$ 1,5 trilhão e a dívida acabará sendo paga pelo acionista majoritário da instituição, que no caso é a União, pois o banco é uma empresa de economia mista.

Os servidores investigados são alvo de ações do MP por improbidade administrativa. NO entanto, quando alcançados pela denúncia, poderão responder, ainda, pelos crimes de corrupção, gestão fraudulenta e prevaricação.

Fonte: CearáNews7

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