A situação caótica na
saúde cearense retratada pelo jornal “Folha de S. Paulo” desta terça-feira, 12,
é o resultado da má gestão do último governo Cid Gomes, denunciou da tribuna do
plenário da Câmara, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).
De acordo com o
peemedebista, a situação de alarde da saúde no Estado se agravou durante o
período em que o ex-governador e irmão de Cid, Ciro Gomes, foi o responsável
pela Secretaria estadual de Saúde entre setembro de 2013 a dezembro de 2014.
“Tudo isso desaguou e
aflora exatamente agora. Porque os efeitos da péssima gestão e da má aplicação
dos recursos na saúde tem efeito posterior e não imediato. Isso fez com que nós
tivéssemos um sistema falido. E a desculpa não está na falta dos recursos.
Porque os recursos estão indo”, falou.
Disse mais: “O que há
de fato é a má gestão. A má gestão na prefeitura municipal (de Fortaleza) e a
má gestão no governo do Estado. É bom lembrar que quando Juraci Magalhães era
prefeito de Fortaleza (1997-2004) foi exatamente quando se deu a modernização
dos Hospitais Gerais de Fortaleza e do Estado, coisa que agora a gente vê se
acabando exatamente em função da má gestão que está sendo aplicada”.
A matéria do jornal
“Folha de S. Paulo” que o parlamentar se refere é a notícia: “com saúde em
crise, Ceará atende pacientes no chão” que foi uma das manchetes. Na última
segunda-feira, 11, o número de pacientes que aguardavam atendimento sem leitos
somavam 429 pessoas.
Recursos federais
O parlamentar lembrou
que o Ministério da Saúde aplicou nos últimos quatro anos, de 2011 a 2014, R$
1,6 bilhão no Estado. Segundo ele, o que representa mais de R$ 400 milhões por
ano. “E para este ano já foi liberado para o Ceará R$ 179,5 milhões”, reiterou.
A gestão do
ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes a frente da Secretaria de Saúde do Ceará
coincidiu, por fim, com um surto de sarampo no Estado que adoeceu 803 pessoas
entre dezembro de 2013 a abril de 2015. O sarampo estava erradicado no Estado.
No final
do pronunciamento, o peemedebista ironizou ainda a declaração de Ciro Gomes no
início do ano de que o “Ceará se (aproximava) de ter a melhor saúde pública do
País”. “Ciro Gomes deixa para o Ceará esse legado de incompetência”, completou.
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